1. Fazendo um paralelo de 2019 com o cenário atual, como avalia o nível
de maturidade das empresas com relação à transformação digital?
Evoluímos o suficiente?

Flávio Oliveira: Para visualizarmos o cenário devemos entender o que é
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL e como ela é importante num cenário de Crise
Global. Segundo os conceitos de evolução tecnológica, veremos que não
obtivemos evolução real, principalmente das Inovações Setoriais dos
produtos e/ou serviços corporativos em comercialização.

Fomos forçados aplicar potentes aceleradores procedurais para que a
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL se adaptasse a uma realidade que exigia
procedimentos definidos como embrionários, e neste cenário mundial as
empresas necessitaram evoluir na velocidade da luz criando um misto de
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL GLOBALIZADA e Jabuticaba Comportamental.

2. Quais os impactos que essas novas tecnologias trouxeram para as
empresas? Como essa disrupção os afetou?

Flávio Oliveira: Em primeiro a relação espaço x tempo se alterou, anteriormente todos os atores se reuniam em uma empresa fisicamente localizada e recebiam as
tarefas para a materialização funcional de uma solução, serviço e/ou
produto.

Com isso uma empresa era definida pela equipe que ela detinha sobre um
mesmo telhado e sobre a batuta de um mesmo Maestro.

A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL abriu as portas de um mundo que não pode
mais ser definido por situações geográficas centralizadas, em mesmo
aquilatada em seu valor pelas horas de uma Jornada de Trabalho
regimentada por normas de 1950.

A descentralização das atividades, a busca online de soluções, a análise de
problemas semelhantes e contratação de profissionais em qualquer lugar
do mundo e o trabalho coletivo gerou uma disrupção funcional integral.
Colocando em xeque todos os empresários e seus credos empresariais
vigentes.

3. Quais os principais desafios enfrentados pelas empresas no processo de
transformação digital? Tecnologia ou Pessoas?

Flávio Oliveira: Não acredito que seja tecnologia e/ou pessoas, mas sim como “criar novos” objetivos estratégicos e consolidar atividades táticas. O grande
mestre de xadrez Gilberto Milos coloca que “ Tática e Estratégia possuem
unicamente o objetivo de efetivar a vitória com menos desgaste e mais
eficiência”.

Neste sentido os novos desafios ligados a FORMAÇÃO DIGITAL
GLOBALIZADA estão baseados em buscar táticas e estratégias que levem
as companhias a um futuro rentável, sustentável e produtivo.
Evidentemente com o maior uso possível de tecnologias digitais que nos
levam ao tempo real de cada atividade.

4. Qual a importância das lideranças na construção dessa cultura digital
nas empresas?

Flávio Oliveira: Meu caro Watson... Podemos ter uma orquestra com um Maestro que seja analfabeto musical? Se a liderança não entende o que está sendo
feito, se seu conhecimento é baseado em vídeos do Youtube, temos um
cenário digno de um caos musicalizado por alguém com ausência de
ouvidos.

5. Como foi o processo dessas empresas na escolha da tecnologia Digital
para atender às novas tendências e quais soluções propuseram?

Flávio Oliveira: Produtividade evidente... qualquer outra metodologia de escolha é
baseada em achismo e incompetência executiva. Uma empresa só
sobrevive se for produtiva e claramente lucrativa. Para implementar novas
tecnologias existem enormes custos, mas como brasileiros tivemos que
criar um hibridismo funcional para que tenhamos uma evolução em
direção a TRANSFORMAÇÃO DIGITAL GLOBALIZADA e ao mesmo tempo
tenhamos os custos abaixo do valor que o mercado aceita pagar por
nossos produtos e serviços.

6. Por mais que o tema não seja novidade, e a pandemia acelerou ainda
mais a necessidade de se tornar digital, que dica você deixa a quem está
buscando entrar nessa jornada?

Flávio Oliveira: Em primeiro lugar veja qual o objetivo da TRANSFORMAÇÃO DIGITAL em sua empresa, depois tente entender o que você tem que transformar em digital. O modismo e o não entendimento dos cenários já faliu
corporações gigantes.

Depois observe se seu corpo técnico pode colaborar e se vai conseguir
engajar todos numa transformação deste vulto em sua empresa. Nunca
entre em modismos tecnológicos lembre-se o efeito manada levou os
Dinossauros para os Museus de História Natural.

7. Nos próximos anos, podemos esperar grandes mudanças na forma
como as empresas administram suas operações e se envolvem com o seu
mercado. O que seus clientes e parceiros estão planejando/
implementando?

Flávio Oliveira: Todos estão buscando a eficiência, diminuir custos, engajar colaboradores não presenciais e sobretudo buscar eficiência em um “Admirável Mundo Novo” onde a maior distância que nossa visão pode alcançar tem sido
prejudicada por uma miopia tecnológica.

As implementações são sempre baseadas numa equação que determina
que, custos + tempo de funcionalidade plena + gerenciamento não
presencial + produtividade devem gerar mais lucro, mais produtividade e
diminuir o consumo de recursos.

8. Soluções tecnológicas fazem toda a diferença na implementação da
cultura digital nas empresas. Quais ferramentas ou soluções podem para
apoiar seus clientes e parceiros nessa jornada?

Flávio Oliveira: Não devemos olhar ferramentais isoladamente, este é um erro comum nas implantações para se acessar as plataformas funcionais para a
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, devemos olhar a “Solução a ser Implantada”
como um todo, observando como a empresa ou um departamento em si
vão integrar as funcionalidades exigidas para que obtenha maior
produtividade.

Tenho observado muito sucesso em duas plataformas integradas muito
eficientes.

No campo da administração, financeiro e procedimentos produtivos o
HUB funcional da Nexxera tem se diferenciado, pois agrega valor e reduz
custos e amplia a funcionalidade e produtividade em todos os campos da
gestão multisserviços e multiprodutos e por incrível que parece é 100%
paperless.

No campo da controladoria e gestão de Produção e Varejo vemos a Itag
com sua plataforma de gestão da produtividade na Indústria e no Varejo
pela implementação de conceitos reais de Inteligência Artificial e RFID em
um blend que poucas empresas no mundo conseguiram tornar reais,
como esta empresa lida com informações sempre em tempo real ela já
nasceu 100% paperless.

9. Sua empresa tem planos para se livrar totalmente dos processos em
papel? Se sim, quando acredita que sua empresa será totalmente
paperless?

Flávio Oliveira: Por uma opção da empresa antes da conceitualização da
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, optamos pelo conceito de paperless, hoje
eliminamos mais de 70% de nosso consumo de papel. Acreditamos que
em dois anos chegaremos aos 85% desta eliminação.

Por exemplo há mais de três anos não assinamos nenhum contrato em
papel, nem usamos qualquer registro procedural que não seja efetivado
em sistemas digitais.

10. Você acredita que o futuro das empresas está intimamente ligado com
sua transformação digital ou elas ainda conseguirão sobreviver por muitos
anos tendo seus processos baseados em papel?

Flávio Oliveira: Não podemos ser tão radicais, as empresas vão sobreviver se tiverem lucro! Se forem produtivas e eficientes em atender as demandas dos
usuários em tempo real. A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, é o caminho mais
eficiente para que estas necessidades obtenham uma temporização,
exponencialmente, mais eficiente que os desafios demandam.

Agora achar que vamos conseguir tomar decisões em tempo real usando
papel, impressoras e muito toner como interface de emissão de dados é
uma heresia integral. Tudo terá que ser por meio digital para que a teoria
dos tempos seja aplicada em sua integralidade.